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Tecnologia

Invasão da LGPD nos tribunais impulsiona busca por certificações de proteção de dados

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Citada em decisões judiciais em um volume quatro vezes maior do que dois anos atrás, norma provoca corrida por cursos de especialização profissional

Se ainda não foi capaz de mudar a realidade do uso indevido das informações pessoais dos consumidores no país, pelo menos já é possível afirmar que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) está produzindo uma mudança de postura do mundo corporativo em relação ao tema. Após registrar nos últimos dois anos a quadruplicação das decisões judiciais nas quais algum item presente na norma foi citado de forma relevante nos tribunais pelo país afora, as empresas aceleraram a busca por cursos e certificações profissionais que habilitem seus times para lidar de forma correta com a legislação.

Um dos indícios desta mudança de comportamento foi o crescimento vertiginoso do faturamento originado pela vertical educacional da DeServ Tecnologia & Serviços, a DeServ Academy. Especializada em formação e treinamento para a obtenção de certificações internacionais relacionadas ao tema, a unidade de negócios, que em 2022 havia sido responsável por 22,3% do faturamento da companhia, viu este patamar subir dez pontos percentuais no ano passado, chegando a 32,3% com a perspectiva de avançar ainda mais em 2024 e se consolidar definitivamente como a principal fonte de receitas da empresa.
De acordo com a pesquisa Painel LGPD, realizada por especialistas do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), com apoio da ferramenta Jusbrasil, em 2023 foram identificadas 1.206 ocasiões nas quais a lei foi citada na argumentação dos juízes. Este número é 81% maior do que o registrado em 2022 (665) e mais do que quatro vezes superior a 2021 (274).

A sócia da DeServ Academy, Bruna Fabiane da Silva, eleita no final do ano passado uma das 50 Melhores Mulheres em Segurança Cibernética das Américas pela WOMCY (LATAM Women in Cybersecurity) explica que além da preocupação em evitar multas e outras penalidades aplicadas, o desejo de estar o mais rapidamente possível em conformidade com a LGPD se deve também ao receio de arranhões na imagem das marcas. “São riscos de prejuízos tangíveis e intangíveis que têm transformado a necessidade de especialização no assunto em verdadeira prioridade nas estratégias empresariais”, diz.

Bruna que atua como instrutora de treinamentos em privacidade e proteção de dados da IAPP e DPO EXIN, além de consultora de conformidade LGPD também é coautora, juntamente com a advogada Ana Vitória Germani D’Avila, líder de Consultoria LGPD e ISO 27001 na DeServ, do livro “LGPD: Muito além da Lei”, que acaba de ultrapassar a marca de 80 mil páginas lidas em seu formato digital e ganhar uma versão impressa.

Para o CEO e Founder na DeServ, Thiago Guedes Pereira, o aumento progressivo do protagonismo da vertical acadêmica da empresa é considerado natural levando em conta o cenário atual do mercado no qual a busca por tornar a experiência digital dos clientes em todos os setores cada vez mais fluída segue abrindo oportunidades para a ação de criminosos virtuais. “O mundo corporativo demanda por um volume sempre maior do que o existente de profissionais capacitados para lidar com os desafios da segurança cibernética. Neste sentido, a DeServ Academy tem se destacado por oferecer algumas das mais importantes certificações globais nesta área”, diz.

O executivo comenta ainda que uma das iniciativas que mais contribuíram para este resultado em 2023 foi a parceria firmada com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para a formação de turmas pela DeServ Academy com a participação de profissionais de diversos bancos brasileiros na aplicação dos cursos CompTIA Cysa+ e CompTIA CASP+. Ele explica que são certificações internacionais, reconhecidas pela Computing Technology Industry Association, mais conhecida como CompTIA, uma das principais associações comerciais da indústria de TI no mundo. Além da parceria com essa entidade, a DeServ Academy também prepara alunos para obter certificações para organizações globais como a IAPP (Associação Internacional de Profissionais de Privacidade) e a Exin, certificadora holandesa reconhecida como uma das mais tradicionais e importantes do mundo.

Paralelamente ao crescimento do faturamento em sua vertical educacional, a DeServ comemora o crescimento do volume de negócios também na vertical de consultoria, principalmente em função da conquista de importantes clientes na área hospitalar. O departamento havia sido responsável por 13,6% das receitas em 2022 e saltou para 18,7% no ano passado.

Já na vertical de soluções, o destaque ficou para as ferramentas de apoio à conformidade LGPD, além do desenvolvimento de um novo produto em conjunto com a fabricante multinacional Sophos. Ao todo, a DeServ registrou um crescimento de 11% em seu faturamento em 2023 em relação ao ano anterior, superando a casa dos R$5 milhões. A expectativa da empresa é crescer 40% em 2024.

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Tecnologia

Deepfakes seguem como uma ameaça cada vez mais real e devem puxar investimentos de mais de 41% por ano

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Golpes como o uso da imagem de William Bonner para anunciar indenização para vítimas de vazamento de dados do Serasa proliferam no Brasil

Deepfakes são um tipo de inteligência artificial (IA) que pode criar imagens, vídeos e áudio realistas e convincentes criados ou manipulados sinteticamente. Deepfakes podem representar uma ameaça à privacidade e à segurança de empresas e indivíduos e podem ser usados ​​para diversos fins maliciosos, incluindo: golpes de phishing, roubo de identidade e ataques automatizados de desinformação como fake news.

No início de 2024, as redes sociais foram inundadas com um vídeo adulterado do Jornal Nacional, no qual são usadas imagens do jornalista William Bonner para anunciar que o governo federal havia condenado a Serasa a pagar uma indenização de R$ 30 mil para cada pessoa que teria sido vítima de um vazamento de dados ocorrido na companhia em 2021.

O episódio foi apenas mais um exemplo de como o Brasil entrou na rota dos criminosos que usam o chamado deepfake para aplicar golpes das mais variadas formas em todo o mundo. Por conta do crescimento desses casos, a empresa de consultoria e pesquisas Markets and Markets estima que os investimentos destinados a detectar o uso de imagens falsas serão inevitáveis e deverão crescer ao ritmo de 41,6% ao ano nos próximos cinco anos.

Segundo o estudo, os gastos com as ferramentas de segurança para esta finalidade saltarão de seiscentos milhões de dólares em 2024 para perto de quatro bilhões até 2029. Os autores do trabalho avaliam que as principais razões para o crescimento exponencial sejam a preocupação com os riscos reputacionais além do temor relacionado às responsabilidades legais sobre o uso indevido de dados de clientes. Na avaliação da consultoria, a crescente sofisticação das ferramentas de manipulação de imagens e a rápida disseminação de imagens falsas em várias plataformas online levarão as organizações à necessidade de enfrentarem fiscalizações mais rigorosas dos governos e até punições caso não comprovem a adoção de esforços e ferramentas para barrar a disseminação do deepfake.

Uma das ferramentas mais eficientes de defesa para o deepfake é o chamado Liveness Passivo, mecanismo de mapeamento facial muito mais completo, alimentado por Inteligência Artificial que é capaz de determinar se a imagem de um rosto corresponde mesmo ao de uma pessoa real, se é apenas uma foto imóvel extraída de outra foto ou de alguém com uma máscara, por exemplo.
De acordo com Fernando Guimarães, head da Stone Age, vertical de negócios da TIVIT especializada em onboarding digital, que oferece uma das mais modernas e robustas soluções de Liveness Passivo do Brasil. A solução da TIVIT é capaz de identificar com bastante precisão as iniciativas fraudulentas que utilizam Inteligência Artificial (IA) para plotar uma face aleatória sobre a face verdadeira de alguém.

“Os riscos operacionais são cada vez maiores e as regulamentações crescentes farão com que, em pouco tempo, a adoção de instrumentos de Liveness Passivo seja praticamente obrigatória, especialmente para organizações que processam grandes volumes de dados de terceiros”, afirma Fernando.

Segundo a Markets and Markets os principais produtos anti deepfake no mundo empregam algoritmos baseados em machine learning para analisar profundamente as imagens em busca de sinais de manipulação ou alteração.
Os indícios mais significativos procurados por elas vão desde inconsistências de pixels até deficiências ou diferenças em termos de iluminação entre outros padrões que caracterizam as falsificações.

Sobre a TIVIT
A TIVIT é uma multinacional brasileira que acelera negócios conectando tecnologia para um mundo melhor. Com 25 anos de atuação e operações em dez países da América Latina, a companhia

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Negócios

VI Feira de Recrutamento das Empresas Chinesas oferece vagas de trabalho nas mais diversas áreas.

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rganizado pelo Instituto Confúcio na Unesp, Associação de Empresas Chinesas no Brasil (ABEC) e a IEST Consultoria Empresarial, evento acontece dia 13.04 (sábado) na ESEG – Faculdade do Grupo Etapa

 

*  edição deste ano da Feira faz parte das comemorações dos 50 anos de Diplomacia entre o Brasil e China

 

A Associação Brasileira de Empresas Chinesas (ABEC), o Instituto Confúcio na UNESP e a IEST Group, pioneiros na conexão de talentos brasileiros com empresas chinesas, promovem no dia 13 de abril de 2024 (sábado), nas instalações da ESEG – Faculdade do Grupo Etapa, a VI Edição da Feira de Recrutamento de Empresas Chinesas. Gratuito e aberto ao público, o evento conta com 31 empresas chinesas estatais e privadas, presentes no Brasil,  que oferecem vagas em diferentes níveis e áreas.

 

A edição deste ano da Feira de Recrutamento de Empresas Chinesas faz parte das comemorações dos 50 anos de Diplomacia entre o Brasil e China e, além da participação das empresas, contará com o apoio do Consulado Geral da República Popular da China e da Secretaria Municipal de Relações Internacionais da cidade de São Paulo.

Os participantes terão a oportunidade de conhecer representantes de empresas líderes da China, participar de palestras promovidas pelas empresas expositoras e ministradas por especialistas do setor sobre tendências de mercado, fazer entrevistas no local, além de destacar suas habilidades pessoalmente para recrutadores das principais empresas chinesas.

Dentre as empresas confirmadas estão: CGGC Construtora do Brasil – Construção e operação de projetos, Iest Group e Tecnologia, Magic Mobile, Joyo Tecnologia Brasil, ZTE do Brasil, Newland Payment Tecnologia Do Brasil, XCMG, China unicom do Brasil, CRRC Brasil Equipamentos Ferroviários, ICBC do Brasil Banco Multiplo SA, China Mobile Internacional Brazil Tecnologia da Informação, CGN Brasil Energia e Participações, Hisense Gorenje do Brasil Importação e Comercio de Eletrodomesticos, Wanhua Borsodchem Latin America, Ces, COFCO International Brasil, Anjun Express Logistica E Transportes Ltda, Cmoc Brasil Mineração, Concremat Engenharia e Tecnologia, Concremat Engenharia e Tecnologia, J&T Express Brazil,  Cainiao Network Transportes, BYD do Brasil, CPFL Energia, Chine Three Gorges Brasil Energia, China Telecom do Brasil, Iest tecnologia, Hikvision do Brasil, Best Partner Services, Instituto Confúcio da UNESP e Prefeitura – Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho.

Para fazer o cadastro e verificar as vagas de trabalho disponíveis é só acessar: https://fremc.iestgroup.com/sign-in. Em caso de dúvidas sobre inscrição, entre em contato com fremc@iestgroup.com.  Orienta-se que o candidato traga o seu currículo impresso.

 

Serviço

Data: Dia 13 de Abril de 2024

Local: ESEG – Faculdade do Grupo ETAPA

Endereço: Rua Vergueiro, 1549 – Vila Mariana, São Paulo – SP, 04101-000

Aberto ao público e gratuito.

 

 

 

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Negócios

Construindo comunidades engajadas: estratégias para criadores de conteúdo no YouTube

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De acordo com João Adolfo de Souza, especialista em estratégias para maximizar os resultados na plataforma, o sucesso de um canal não é medido apenas pelo número de visualizações e inscritos, mas pela força de sua comunidade

A criação de conteúdo no Youtube vai muito além de simplesmente postar vídeos. Hoje, os criadores estão cada vez mais conscientes da importância de construir uma comunidade engajada em torno de seus canais, adotando estratégias eficazes para fortalecer o relacionamento com os espectadores.

De acordo com João Adolfo de Souza, CEO e fundador da João Financeira e especialista em estratégias para maximizar ganhos no Youtube, o engajamento com a comunidade é fundamental para estabelecer uma base sólida de seguidores na plataforma. “Quando os espectadores se sentem valorizados e ouvidos, estão mais propensos a se tornarem membros ativos da comunidade de um canal. Isso não só aumenta a fidelidade do público, mas também promove uma atmosfera de apoio entre os usuários e o criador de conteúdo”, revela.

Interação como prioridade

Um dos aspectos mais simples e poderosos do engajamento com a comunidade no YouTube é responder aos comentários. “Quando os criadores interagem com suas audiências desta maneira, demonstram que valorizam o feedback e a participação dos viewers. Além disso, essa interação direta ajuda a estabelecer um senso de proximidade e conexão com a audiência”, pontua.

O especialista acredita que as enquetes são uma ferramenta valiosa para envolver os espectadores e torná-los parte do processo criativo. “Ao solicitar a opinião dos usuários sobre os próximos vídeos, temas e formatos, os criadores de conteúdo não apenas incentivam a participação ativa, mas também demonstram que estão dispostos a adaptar seu conteúdo de acordo com as preferências de sua audiência”, afirma.

Incentivando a participação

Além de responder a comentários e realizar enquetes, os criadores de conteúdo podem incentivar a participação dos usuários de outras maneiras criativas. Isso pode incluir desafios, concursos, perguntas e respostas ao vivo e, até mesmo, convites para colaborações especiais nos vídeos. “Quanto mais os espectadores se sentirem parte do processo de criação de conteúdo, mais investidos eles se tornarão na comunidade do canal”, relata.

Para João, é essencial criar um ambiente interativo, que promova o engajamento constante entre o criador de conteúdo e sua comunidade. “Isso pode ser feito por meio de iniciativas regulares, como sessões de perguntas e respostas, transmissões ao vivo, grupos de discussão em redes sociais e até mesmo em eventos presenciais, quando possível. Quanto mais oportunidades o público tiver para interagir entre si e com o criador, mais forte será o senso de comunidade em torno do canal”, revela.

O sucesso de um canal no YouTube não é medido apenas pelo número de visualizações e inscritos, mas pela força e profundidade dos relacionamentos com sua comunidade. “Os criadores de conteúdo podem cultivar uma base de fãs leais e engajados, que não apenas assistem aos vídeos, mas também se sentem parte de algo maior”, finaliza.

Sobre João Adolfo de Souza

João Adolfo de Souza é administrador de empresas e atua há quase 20 anos no ramo de empréstimos consignados. Atualmente, é CEO e fundador da João Financeira.  O empresário tem como foco ensinar pessoas a fazer dinheiro com o Youtube, e já conta com mais de 3,45 milhões de inscritos e ultrapassa a marca de 740 milhões de visualizações em seus canais. Para mais informações, acesse as redes @joaoadolfooficial ou o portal https://linktr.ee/joaoadolfooficial.

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Música

Marcelo Martins reinventa clássico global que promete virar sensação nas plataformas digitais

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”La Barca” foi transformada em  um hit sertanejo arrebatador.  Confira o Lançamento emocionante!

O cantor sertanejo Marcelo Martins trouxe uma novidade empolgante para os fãs da música brasileira, lançando sua versão de “A Barca”, um clássico internacional originalmente intitulado “La Barca” e imortalizado na voz de Luis Miguel. A nova versão chegou às plataformas digitais nesta sexta-feira, 15 de março, prometendo uma experiência musical renovada para os admiradores do artista e do gênero.

Marcelo expressou seu entusiasmo com o projeto, revelando que “A Barca” é uma de suas músicas favoritas e compartilhando a alegria de poder apresentar sua interpretação ao público. “Estou muito feliz em poder lançar ‘A Barca’, uma das minhas músicas favoritas. É um desafio apresentar algo tão diferente do que meu público está acostumado, mas estou confiante de que todos vão se surpreender positivamente com esta nova interpretação. Acredito que a música tem o poder de tocar os corações de maneira única, e é isso que espero alcançar com essa versão”” destacou o cantor.  Ouça aqui

Trajetória de Marcelo Martins

Marcelo Martins, um renomado nome no cenário sertanejo brasileiro, iniciou sua carreira marcante como a voz principal da dupla João Lucas e Marcelo, formada em 2011. O duo alcançou fama nacional e internacional com o hit “Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha”, uma música que se tornou viral, misturando o sertanejo universitário com um ritmo dançante e contagiante, e se destacando nas paradas de sucesso.

Originário de Goiânia, um celeiro de talentos sertanejos, Marcelo cultivou sua paixão pela música desde cedo. Após um período frutífero com João Lucas, onde lançaram sucessos como “Louca, Louquinha” e “Joga o Copo pro Alto”, ele optou por seguir carreira solo em 2019, explorando novos horizontes musicais e apostando em um estilo mais romântico.

O álbum “Novo Momento”, lançado em 2022, marcou o início dessa nova fase, evidenciando sua maturidade artística e sua capacidade de inovar e se adaptar às mudanças do mercado musical. Em 2024, Marcelo solidificou sua versatilidade com “Só de Lembrar dá Medo”, um hit que reforça seu lugar como um artista dinâmico e inovador no panorama musical brasileiro.

A versão de “A Barca” por Marcelo Martins simboliza não apenas uma homenagem a um clássico da música latino-americana, mas também um passo audacioso em sua carreira, demonstrando sua capacidade de reinvenção e seu compromisso em oferecer novas experiências musicais ao seu público. Com esse lançamento, Marcelo não apenas presta tributo às suas raízes musicais, mas também abre um novo capítulo em sua já impressionante trajetória no mundo da música sertaneja.

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Tecnologia

Responsabilidade Civil nas Redes Sociais

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André Moraes, advogado especializado nessas questões, traz a complexidade da questão envolvendo delicado equilíbrio entre liberdade de expressão e direitos individuais

No vasto e interconectado mundo das redes sociais, a linha entre a liberdade de expressão e a violação dos direitos individuais torna-se cada vez mais tênue. Com a crescente prevalência de casos de difamação, calúnia e danos morais em plataformas online, a responsabilidade civil emerge como um campo crucial de debate e regulamentação.

André Moraes, sócio da Moraes Advocacia, destaca a complexidade dessa questão. “As redes sociais ampliaram exponencialmente o alcance da nossa voz, mas também aumentaram nossa exposição a riscos legais. Comentários feitos em um impulso podem ter consequências jurídicas graves”, explica Moraes.

Um estudo recente indica um aumento de 30% nos casos de litígios envolvendo difamação e calúnia online nos últimos dois anos. Esta estatística alarmante reflete não apenas a crescente conscientização sobre os direitos individuais, mas também a facilidade com que informações podem ser disseminadas nas redes sociais.

A legislação vigente impõe responsabilidades tanto aos indivíduos que postam conteúdo difamatório quanto às plataformas que hospedam tais informações. “Há uma responsabilidade compartilhada. Enquanto os usuários precisam ser cautelosos com suas palavras, as plataformas também devem agir para remover conteúdo ofensivo quando tomam conhecimento do ocorrido e permanecem inertes”, afirma Moraes.

Casos notórios de difamação online resultaram em indenizações significativas, demonstrando o alto custo dos danos morais na era digital.  “É fundamental que os usuários de redes sociais estejam cientes de que suas palavras têm peso e podem ter consequências legais”, enfatiza Moraes. “A liberdade de expressão é um direito valioso, mas deve ser exercida com responsabilidade e respeito pelos direitos dos outros.”

Também é importante lembrar que o ambiente digital passa uma falsa sensação de anonimato, o que pode estimular a propagação de ofensas e fatos inverídicos. Porém, destaca o advogado, existem muitos meios legais para apurar a autoria de postagens e publicações nas redes sociais.

À medida que navegamos nesta nova era digital, torna-se imperativo equilibrar a liberdade de expressão com a proteção dos direitos individuais. A responsabilidade civil nas redes sociais não é apenas um campo legal, mas também uma questão de ética e respeito mútuo.

Sobre o escritório Moraes Advocacia

Com mais de 15 anos de atuação, Dra. Juliane Garcia Moraes e Dr. André Moraes  são uma referência em direito trabalhista e cível, respectivamente, no Brasil. Estão à frente do escritório Moraes Advocacia que possui ampla experiência em direito trabalhista, direito trabalhista bancário, direito civil e digital.

Mais informações: https://moraes-advocacia.com/

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Tecnologia

Liderança feminina na tecnologia: uma questão que permanece urgente

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Por Isadora Kimura*

Entre avanços e dificuldades, ainda temos muito o que refletir sobre os caminhos e desafios da liderança feminina no mercado de trabalho, sobretudo no setor de tecnologia. Uma pesquisa feita pela ManpowerGroup mostra que, no Brasil, pouco mais de um terço das empresas (37%) promovem programas internos de desenvolvimento feminino.

Em Tecnologia, a disparidade de gêneros é ainda maior. De acordo com a Pesquisa de Remuneração Total, realizada pela consultoria Mercer, no nível executivo de empresas de alta tecnologia em todo o mundo, a disparidade salarial entre os gêneros chega a 35%. Como fundadora e líder de uma startup no Brasil, acredito que a minha própria experiência pessoal seja similar a de tantas mulheres com os mesmos dilemas, por isso exponho algumas reflexões dessa jornada.

Quando cheguei ao ITA – Instituto Tecnológico da Aeronáutica para o meu primeiro dia de aula no curso de Engenharia, me deparei com poucas pares: nós, mulheres, representávamos menos de 8% da turma. Como consequência, éramos um tanto invisíveis e estereotipadas. Não percebi o tamanho do desafio logo de cara, mas o fato é que esse ambiente predominantemente masculino influenciou meu comportamento durante anos, permeando também as minhas primeiras experiências profissionais com comportamentos considerados tipicamente “masculinos”, como assertividade, confiança, ambição e racionalidade. À época, parecia ser a única maneira possível de ser ouvida, respeitada e pertencente ao grupo. Com o tempo e a exposição a referências mais diversas, pude me reconectar com uma identidade profissional mais plural e genuína, exercendo sem medo uma liderança que também fortalece outras características, como empatia, emotividade e intuição.

Já se sabe que líderes mulheres costumam ter mais soft skills – a famosa inteligência emocional –, com características como empatia e resiliência mais afloradas. Para cargos de liderança, essas habilidades são até mais importantes que as competências técnicas. E fazem toda a diferença na hora de navegar por situações críticas. Nós, mulheres, temos uma facilidade maior de engajar pessoas em prol de uma causa ou propósito. E isso não é diferente para as empresas de tecnologia, onde a esmagadora maioria da liderança ainda é composta por homens.

Já existem evidências de que o comando feminino tem a capacidade de aumentar a eficiência em uma organização. Mulheres pontuam melhor que homens em 11 de 12 habilidades socioemocionais-chave, como profissionalismo, colaboração, comunicação e pensamento crítico, de acordo com o Hay Group. Sabe-se também que mulheres em cargos de liderança mostraram mais eficiência durante a crise sanitária mundial.

Entretanto, não podemos nos enganar. Mesmo com muitos avanços, as mulheres continuam precisando fazer mais e melhor para conseguirem as mesmas oportunidades que seus pares homens. Na Tecnologia, em que ainda predomina uma cultura do “Clube do Bolinha”, existem conversas que não casam e eventos de networking pensados para o público masculino, do tipo “Poker Night com Charuto”,  onde as mulheres são desconvidadas ou desencorajadas a participar. Para completar, a maioria dos gestores no mercado são homens, com viés de promoção e mentoria para os seus pares. Isso nos leva a uma falta de modelos de comportamento femininos, com líderes mulheres que possam inspirar e mentorear as demais.

Por que o setor de tecnologia deveria agilizar o equilíbrio entre os gêneros? 

Existe um argumento incontestável para que o mundo das empresas de tecnologia invistam e agilizem a maior equidade entre os gêneros nas altas posições: o fator econômico. Com menos vieses de contratação e promoção para o gênero masculino, mais mulheres cis e trans com altíssimo potencial e performance poderão se destacar, alçando as empresas a melhores resultados. Um estudo da consultoria Mckinsey aponta que empresas que disseminam diversidade e inclusão têm lucros 35% maiores do que as demais. Para além do valor social, cultural e humano, a promoção da diversidade – e da liderança feminina – fomenta o engajamento e a maior realização de cada pessoa no ambiente de trabalho.

É também inegável que times mais diversos servem melhor às necessidades complexas da nossa sociedade. No Brasil, bons exemplos de novas empresas de tecnologia com as mulheres à frente são justamente focadas na saúde feminina, como Theia, Oya Care e Bloom Famílias. Elas movimentam milhões e só existem por conta da criação de times diversos, que conhecem essa temática a fundo.

Outra questão que precisa ser discutida é a diversidade de pensamento e de experiências que a visão da liderança feminina traz ao setor. Novas perspectivas são o combustível de novas soluções, e é disso que as empresas de tecnologia precisam. Gosto muito do livro “Mulheres Invisíveis”, de Caroline Criado Perez (Intrínseca, 2022). Para a autora, a mulher no comando produz um impacto sistêmico na estratégia e costuma trazer uma visão de mundo mais abrangente, ajudando a reduzir o viés de gênero em toda a cadeia.

Nos últimos 50 anos, houve um bom progresso, mas a caminhada é longa. Nos mercados mais maduros, como os dos Estados Unidos, a liderança feminina em tecnologia representa 20% do total, de acordo com o Women in Tech C-Level Network. Pude vivenciar essa realidade nos anos em que trabalhei no Vale do Silício, onde convivi com gestoras e colegas inspiradoras. Hoje, na Nilo, estamos investindo em uma cultura corporativa diferenciada e um time diverso, a fim de contribuirmos com a nossa parte.

As empresas de tecnologia têm um papel fundamental de identificar e ampliar o número de mulheres no comando. Entre as principais ações que eu indico, estão: investir em vagas afirmativas femininas, fazer parceria com organizações que treinam e empoderam esse público, criar processos de onboarding e mentoria que direcionem esses talentos para o sucesso e revisar os critérios de avaliação interna e de processos seletivos, para garantir uma progressão de carreira adequada.

* Isadora Kimura, fundadora e CEO da healthtech Nilo, é formada em Engenharia Mecânica Aeronáutica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA e tem MBA e mestrado em Educação pela Universidade de Stanford (USA).

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Tecnologia

A TI como aceleradora de competitividade em 2024

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Por que empresas brasileiras devem investir mais em TI em 2024?

Fernando Brolo*
A economia brasileira cresceu 2,9% em 2023 e as perspectivas para 2024 são de nova alta. Os bons resultados injetaram ânimo no mercado nacional e as projeções do International Business Report (IBR), que colocaram o Brasil no segundo lugar no ranking global de intenção de investimento no setor de Tecnologia da Informação, devem ser confirmadas. Segundo a pesquisa, 79% dos empresários brasileiros têm planos para investir em TI em 2024.
Este dado não apenas reflete um otimismo renovado no setor, mas sublinha a importância estratégica que a TI assumiu na agenda corporativa nacional. O impulso para este investimento é multifacetado. Primeiramente, a competitividade no mercado global depende cada vez mais da capacidade de uma empresa inovar, adaptar-se rapidamente às mudanças e otimizar suas operações. A TI surge como um catalisador para esta transformação, oferecendo soluções que não apenas reduzem custos operacionais, mas também reduzem erros, aumentam a flexibilidade, mobilidade e performance das empresas.
Soluções de Big Data, Inteligência Artificial, computação na nuvem e sistemas de gestão integrada são exemplos de como a tecnologia pode transformar o ambiente de trabalho, tornando as empresas mais ágeis e capazes de prever e reagir às tendências de mercado com precisão e eficácia.
Em outra frente, a cibersegurança tornou-se um pilar fundamental para a sustentação do crescimento das empresas. O Brasil, como o segundo país mais impactado por crimes cibernéticos na América Latina, enfrenta uma ameaça crescente que não pode ser ignorada.
Esse cenário evidencia a urgência de investir em segurança digital não apenas como uma medida preventiva, mas como uma estratégia de negócios que protege ativos valiosos, mantém a confiança do cliente e assegura a continuidade operacional.
O investimento nessas áreas não é apenas uma questão de manter a operação segura e eficiente; é uma declaração de intenção. Uma intenção de crescer, de inovar e de liderar. Investir em TI representa a diferença entre liderar a inovação em seu setor ou ficar para trás na corrida tecnológica. Essa é uma decisão imperativa para o crescimento sustentável e a liderança no mercado.
A capacidade de antecipar tendências, aprimorar a tomada de decisões e explorar novas oportunidades de negócios pode ser o diferencial que posiciona as empresas à frente da concorrência. Na corrida pela excelência, o futuro pertence àqueles que investem em tecnologia hoje. E a sua empresa, está preparada para encarar a concorrência nesse cenário?
*Fernando Brolo é CSMO e sócio-fundador da Logithink, empresa de TI.
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